sábado, 29 de novembro de 2008

Atualmente







Atualmente não existe mais a CMTC, o sistema de transportes foi privatizado e, mesmo que gerido pela Sptrans, o funcionamento é de responsabilidade dos consórcios. O final do século XX mostrou uma situação desesperadora, onde os ônibus, trens e mêtros não conseguiam suprir as necessidades da população da metrópole paulistana. Assim, vãs clandestinas começaram a transportar passageiros. O sistema cresceu de tal forma que tanto a população habituou-se ao novo transporte, quanto as formas de coibí-lo não mostraram-se eficientes, de modo que a prefeita Marta Suplicy legalizou o sistema de "lotações" integrando-o ao transporte coletivo. O tempo de espera tornou-se menor, mas ainda havia muito a ser feito. A mesma prefeita investiu pesadamente em corredores de ônibus que possibilitaram melhora no fluxo dos ônibus. O maior passo, no entanto, se deu com a criação do bilhete único, que diminuiu o preço da passagem e possiblitou que a troca de ônibus agilizasse a vida dos usuários. Seu sucessor, o prefeito José Serra, unificou o bilhete ao sistema de trens e mêtros. A troca da frota, iniciada com Marta Suplicy, foi intensificada e praticamente concluída com o prefeito Gilberto Kassab. No entanto, há muito a melhorar. O sistema sempre precisou ser revisto e readptado ao crescimento da cidade e, novamente, não está apto para o contingente de usuários.

ÔNIBUS




Ônibûs movidos a diesel tornaram-se a maior parte da frota de transportes coletivos. O uso de tróleibus restringe-se às vias que possuem o sistema de eletricidade necessário. Nas fotografias algumas miniaturas de modelos de ônibus e tróleibus e na fotografia, um dia típico paulistano do início da década de 90. Ônibus a diesel, tróleibus e ônibus de passeio dividindo a mesma via.

Publicidade




A publicidade nos bondes e ônibus iniciou-se na década de 30. Nas fotografias alguns modelos de anúncios publicitários em bondes na décade de 40. De vinagre a medicamentos:

Ford 1929







O museu conta também com um belo modelo da Ford, de 1929, que serviu à Washington Luiz

Monika







Onibus fabricado no Brasil, modelo popular, pela CMTC, que manteve uma linha de produção para uso próprio.



O modelo, de 1968, foi batizado em homenagem à filha do governador Faria Lima.

Tróleibus







Apresentados na década de 50 por JK como mais um passo rumo à emancipação econômica nacional, os trólebus se estabelecem com força na década de 60, onde surgem como um grande avanço tecnológico, de baixo custo e enorme mobilidade se comparado aos bondes. As fotografias internas e externas mostram um modelo fabricado no Brasil pela Grassi - Vilares em 1960.

Fim dos bondes


No ano de 1968 os bondes eram retirados de circulação, encerrando uma história de praticamente um século de funcionalidade e importância no transporte público paulistano. Se por um lado o olhar da posteridade sente falta de seu romantismo, o ritmo de mudanças exigia maior agilidade nos transportes. À eletricidade restavam os trolébus, mas não mais sobre trilhos, como eram os bondes.

Bondes fechados




A primeira ação da nova CMTC foi a compra de Bondes fechados, para suprir necessidades de um sistema de transporte bastante desgastado e defasado. Os bondes fizeram enorme sucesso e foram apelidados de Gilda, nome de um filme com Rita Hayworth de muito sucesso na época. O acabamento e o conforto foram aprovados pela população, que se apaixonou pelos novos bondes.

CMTC


A prefeitura de São Paulo cria a CMTC, em 1947, objetivando cuidar do serviço de ônibus e bondes da cidade. Na imagem, os diversos logotipos da empresa durante seu funcionamento.

Bondes de areia


Mas nem tudo eram flores! Nas ruas de paralelepípedo, que danificavam a suspensão dos carros, os condutores preferiam andar sobre os trilhos dos bondes, o que os deixava escorregadios por conta da borracha dos pneus, de modo que quando chovia, os bondes não conseguiam subir as ladeiras, para evitar tal, areia tinha que ser jogada nos trilhos por bondes específicos, para que a borracha não causasse problemas na próxima chuva!!!

Novas concepções

Problemas como a seca de 1925, que interrompeu o fornecimento de energia elétrica, faz com que se busquem novas concepções em termos de transporte, do qual a cidade em crescimento tornara-se dependente. O bonde elétrico ainda era fundamental, mas alternativas não-elétricas precisavam ser cogitadas. Surgem assim, na década de 30, as jardineiras

Bondes e o carnaval




Os condutores dos bondes eram conhecidos por sua dedicação, alguns deles, no carnaval, enfeitavam os bondes, que eram presença frequente em algumas marchinhas:




"Seu condutor, dim dim


Seu condutor, dim dim


Pare o bonde pra descer o meu amor"

Bonde elétrico




Os primeiros bondes elétricos paulistanos começaram a operar em 1900; uma frota de 15 veículos que dividiu até 1903 com os bondes de tração animal a responsabilidade do transporte coletivo paulistano e, a partir de então, assumiu a função de transportar a cidade em crescimento.

No ano de 1896 o empresário canadense Francisco Antônio Gualco chega a São Paulo e inicia entendimentos com o Comendador Antônio Augusto de Souza, objetivando construir transporte através de eletricidade. A capital paulistana, que decuplicou de 1890 a 1920, começava a atrair a atenção de investidores estrangeiros e o desenvolvimento pedia a utilização de um sistema mais eficaz que os bondes de tração animal.







Os primeiros bondes de tração animal começam a circular em Nova York em 1831. No Brasil, chegam em 1859 no Rio de Janeiro, e em 1872 a São Paulo, trazidos pela Companhia de ferro Carril.



O sistema de tração animal permaneceu até 1903.